quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Pitadas de Sustentabilidade


 Foi uma delícia o nosso encontro Pitadas de Sustentabilidade realizado por nossos amigos Patrícia , Cabral e Luiz da Cacauí Eventos Sustentáveis.
O evento foi dia 17/11 que marca o lançamento do Projeto Pitadas de Sustentabilidade, novo produto da Cacauí em parceria com a consultora em sustentabilidade Patricia Meirelles.


Os participantes foram convidados a vivenciarem uma experiência que combina percepções sensoriais com discussões conceituais sobre sustentabilidade e uma boa mão na massa na cozinha, finalizando tudo isto com a degustação dos pratos produzidos. Além disso, a ideia era que os convidados pudessem avaliar e contribuir para o aprimoramento do produto.


O grupo de participantes era composto por  representantes de Empresas, do 3⁰ setor, Mídia e Movimentos ligados à Gastronomia Sustentável, que encontraram muita afinidade com os temas abordados, o que gerou um resultado bem bacana.


Pode ser uma excelente opção para as confraternizações de Fim de Ano ou para as tradicionais reflexões de início de ano. Os grupos, os temas e os cardápios podem ser trabalhados de acordo com o interesse do Cliente.
Um mundo mais sustentável começa dentro de nós, de nossa casa, em nossos hábitos e claro em nossa cozinha.
Podemos ensinar essas mudanças e ainda por cima aproveitar o sabor das delícias servidas, que tal?

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Feira direto com o produtor Teresópolis




Fazenda Constância Orgânicos na Feira Agroecológica de Teresópolis! Para quem ainda não conhece, a feira fica na Rua Tenente Luiz Meirelles, atrás do mercado popular, pertinho da rodoviária.

II Encontro de Educação para Sustentabilidade e o IV Fórum de Lideranças para Sustentabilidade





O Senac, a Universidade Presbiteriana Mackenzie e a  Envolverde Jornalismo e Sustentabilidade convidam a todos para o II Encontro de Educação para Sustentabilidade e o IV Fórum de Lideranças para Sustentabilidade: desafios para a formação da nova geração de administradores. O evento acontece na próxima quinta-feira, 01 de dezembro, na Mackenzie, no campos Consolação. A ideia é debater o papel das escolas de administração na formação de uma geração de administradores que tem por desafio enfrentar os dilemas sócio-econô ;mico-ambiental.  O encontro é gratuito e aberto a pesquisadores, diretores universitários, coordenadores de cursos de administração, professores, especialistas e outros interessados no tema. O diretor da Envolverde, o jornalista Dal Marcondes, vai mediar os debates.  Para mais informações acesse aqui.

Os bebês e o uso das mãos para comer






Um prato de comida na frente de um bebê é quase um convite para ele colocar as mãos em ação e se divertir tentando comer. 


Apesar da bagunça que resulta, essa é uma importante etapa do desenvolvimento motor fino, antes de ele aprender a usar os talheres. 

E pode ser uma ótima forma de oferecer comidinhas sólidas saudáveis, já que frutas, legumes e verduras são facílimos de cortar. Entre os 6 meses e 1 ano de idade, a alimentação muda aos poucos, da papinha para os sólidos. 

Nesse período, usar as mãos permite o contato mais direto com a comida e o bebê descobre diferentes texturas, cores, aromas, sabores. As resistências variadas de cada alimento estimulam os músculos faciais que têm papel importante na fala.

Fonte: http://revistacrescer.globo.com

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Alimentação complementar - afinal, como fazer uma papinha?

Muito bom este Post sobre alimentação infantil da minha querida Karine Durães.

Hoje vamos falar sobre a primeira alimentação salgada do bebê, a papinha. Parece um assunto batido, afinal, todas temos alguma receita de papinha, ou mesmo o pediatra indica umas receitas, mas com dicas especiais podemos turbinar ao papinhas com todos os nutrientes essenciais e nutrirmos nossos bebês da melhor forma.



Separamos os ingredientes das papinhas. Toda papinha deve ter, no mínimo, 4 tipos de ingredientes, quando o bebê tem 6 meses, ou 5 ingredientes, quando o bebê já está acostumado, comendo bem o almoço e o jantar, com cerca de 7 meses.


Aí vão os tipos de ingredientes:


Carboidratos, ricos em amidos: são os alimentos que tem a maior densidade calórica e que dão energia para o bebê.

Formam o Grupo 1: batata, batata doce, cará, inhame, quinua, aveia, mandioca, abóbora, mandioquinha, milho.

Legumes e verduras, ricos em vitaminas e minerais e fibras, garantem a saúde do bebê, são divididos em dois grupos necessários

Grupo 2: cenoura, beterraba, couve-flor, abobrinha, brócolis, quiabo, chuchu, berinjela, jiló, rabanete, nabo.


Grupo 3: são as folhas: couve, alface, rúcula, repolho, chicória, almeirão, agrião, escarola, espinafre, broto de feijão, mostrada, moyashi, radite.


As carnes formam o próximo grupo, são as fontes de proteína, elas vão formar as estruturas do corpo do bebê.


Grupo 4: carnes de boi magra, frango, peixe. As carnes tem que ser moídas ou desfiadas e fazer parte da papinha integralmente, e não só o caldo.


Atenção: fígado era muito indicado para sopinhas de bebês. Hoje em dia, eu não indico. O fígado é o orgão ou o local no nosso organismo aonde tudo que é consumido ou absorvido é depurado, portanto, lá passam agrotóxicos, aditivos, hormônios e outras substâncias que nós, nutricionistas, chamamos de xenobióticos. Nos animais não é diferente. Portanto, hoje, o fígado, pode ser um depósito de substâncias não nutritivas e não reconhecidas pelo nosso organismo.

Quando não recomendo o fígado, as mães ficam com receio de não atingir as necessidades de ferro que o organismo de seus bebês necessitam, mas fiquem tranquilas, existem outras fontes ótimas de ferro que dão conta do recado.

Voltando a papinha, refogue temperos naturais como cebola, alho, em um fio de azeite ou um óleo de boa qualidade, cozinhe no mínimo um ingrediente de cada grupo, separademente ou em conjunto.

Tempere com ervas frescas com tomilho, cheiro-verde, coentro, alecrim, sálvia, que dão sabor especial ao prato, além de também possirem propriedades nutricionais. Coloque uma pitada de sal (pitada pequena, bem pequena!). Nada de caldos ou temperos industrializados.






Depois de cozidos e refogados, amasse os ingredientes com o garfo. Também dá para oferecer os alimentos separadinhos, para que o bebê experimente cada tipo de alimento.

Quando a criança está acostumada, adicionamos o último grupo, das leguminosas:


Grupo 5: lentilha, feijões, grão de bico, vagem, ervilhas. Também cozido e amassadinhos no prato.




Com estas dicas, as mamães prepararão as papinhas mais gostosas e nutritivas e terão verdadeiros bebês gourmets fofos e com a saúde em dia.

Muito boa a colocação inclusive falando sobre agrotóxicos e outros aditivos químicos.

A única observação é a troca do sal refinado pelo sal marinho.

Fonte: nutricionistainfantil.blogspot.com/2011/07/alimentacao-complementar-afinal-como.html

O que o leite materno tem a ver com sustentabilidade.

Simone de Carvalho responsável pela Comunidade do Facebook AMS- Aleitamento Materno Solidário  fala sobre isso.





Conheça a Campanha Há cura em suas mamas: 


Um projeto de Lente Materna fotografia, Webfilhos e AMS Brasil



Venha conhecer pessoalmente essas mulheres guerreiras envolvidas nesses projetos no Socorro!Sou mãe de 1ª Viagem na Livraria Saraiva do Shopping Ibirapuera, dia 30 de novembro às 19,30hs.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Mais ainda sobre Transgênicos


“Está em curso um processo de desmanche das regras de biossegurança no país”, declara Gabriel Fernandes ao comentar a resolução normativa que autoriza empresas produtoras de transgênicos a pedir isenção do monitoramento dos produtos após a liberação comercial, aprovada nesta semana pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio. Com a mudança, as empresas estão liberadas de monitorar os efeitos dos transgênicos sobre a saúde humana e o meio ambiente. “O não monitoramento pós-comercialização dos transgênicos impede que seus potenciais riscos sejam identificados. Com isso as empresas seguirão dizendo que ainda não foram comprovados danos causados pelo uso de transgênicos”, adverte o pesquisador.

De acordo com o agrônomo, antes de as regras sobre o monitoramento dos transgênicos serem alteradas, as empresas apresentaram suas posições em reunião da CTNBio. “Na prática, a reunião serviu para as empresas apresentarem suas propostas sobre o monitoramento. Quando questionado por um dos integrantes, o presidente da CTNBio disse que os demais interessados poderiam enviar suas sugestões por escrito, mas o texto base para comentário não foi disponibilizado, nem foi aberto prazo para consulta pública”.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail à IHU On-Line (18/11), Fernandes informa que “84% da área total cultivada com sementes transgênicas” está somente em quatro países: Brasil, Estados Unidos, Argentina e Índia. Afirma haver uma falsa ideia de que a transgenia cresce no mundo todo e que essa “é uma imagem que a indústria tenta empurrar. A forte concentração no mercado de sementes explica boa parte dessa expansão, inclusive no Brasil”. A produção de transgênicos apenas será reduzida “quando os consumidores de forma geral passarem a ter mais interesse em saber de onde vem sua comida e virem no consumo uma opção política também”, ressalta.

Gabriel Fernandes é agrônomo formado pela Universidade de São Paulo - USP, e membro da AS-PTA Agricultura Familiar e Agroecologia.
Confira a entrevista.
IHU On-Line - Como você recebeu a notícia de que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança - CTNBio aprovou a resolução normativa que autoriza empresas produtoras de organismos geneticamente modificados a pedirem isenção do monitoramento pós-liberação comercial? O que muda em relação ao controle dos transgênicos a partir da liberação desse procedimento? Quais os riscos?
Gabriel Fernandes - Está em curso um processo de desmanche das regras de biossegurança no país. Aqueles poucos itens da lei que as empresas não conseguiram levar em 2005, quando da disputa no Congresso, estão sendo conquistados agora por meio da CTNBio, que é órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

A mudança está no fato de que as empresas daqui em diante poderão se isentar de monitorar os efeitos de médio e longo prazo dos transgênicos sobre a saúde e o meio ambiente. As que porventura o estivessem fazendo poderão pedir sua extinção. O perigo está exatamente no fato de que os riscos desses produtos não serão investigados.

IHU On-Line - Como aconteceu o processo de votação na CTNBio?
Gabriel Fernandes - Antes de mudar as regras de monitoramento, o presidente da CTNBio convidou as empresas para uma reunião em Brasília-DF na qual se discutiriam regras para o tratamento de informações confidenciais. Na prática, a reunião serviu para as empresas apresentarem suas propostas sobre o monitoramento. Quando questionado por um dos integrantes, o presidente disse que os demais interessados poderiam enviar suas sugestões por escrito, mas o texto base para comentário não foi disponibilizado, nem foi aberto prazo para consulta pública. No início da reunião em que o fim do monitoramento foi votado, entidades protocolaram pedido para adiamento da votação até que todos interessados tivessem garantido o mesmo direito de participar. O pedido não foi lido.

IHU On-Line - Posteriormente à comercialização de agrotóxicos, os produtos são submetidos a novos testes e alguns são retirados do mercado em função dos novos resultados. Ocorre o mesmo com os transgênicos? Podes citar exemplos de transgênicos que já foram banidos do mercado?
Gabriel Fernandes - Antes de chegar ao mercado um agrotóxico passa por três órgãos, e mesmo assim, quando a reavaliação é feita anos depois, alguns produtos são banidos e outros têm seu uso restringido em função dos danos que causam. Algo semelhante acontece com os remédios.

No caso dos transgênicos, até antes da aprovação da nova lei de biossegurança em 2005 o procedimento para licenciamento seguia os moldes dos agrotóxicos. A CTNBio já existia, mas era instância apenas consultiva. Essa nova lei foi criada exatamente para dar amplos e terminativos poderes para esta comissão, criando um caso de exceção na administração pública, onde suas decisões criam obrigações para seus órgãos hierarquicamente superiores.

Desconheço algum transgênico que tenha sido banido do mercado após ter sido cultivado por algum tempo. Há casos na Europa de banimentos nacionais em face de liberações no âmbito da Comissão Europeia. Mas, assim como o banimento de agrotóxicos seria inviabilizado caso dessem cabo da reavaliação toxicológica, o não monitoramento pós-comercialização dos transgênicos impede que seus potenciais riscos sejam identificados. Com isso as empresas seguirão dizendo que ainda não foram comprovados danos causados pelo uso de transgênicos.

IHU On-Line - Como vê a postura da CTNBio diante desse assunto, considerando que a Comissão autorizou a comercialização do milho e, recentemente, do feijão transgênico no Brasil?
Gabriel Fernandes - A meu ver, essa comissão foi criada exatamente para funcionar como um cartório, só carimbando os pedidos de liberação. Colocaram nela um nome pomposo para tentar transmitir uma ideia de cientificidade que permitiria legitimar o processo. A questão é que esse ritmo acelerado de liberações só ocorre porque o restante do governo está de costas para o assunto, não quer entrar no debate. O mesmo pode-se dizer da maior parte das entidades científicas. Falta institucionalidade na CTNBio. A maioria de seus integrantes está lá falando por si mesmo; parecem se esquecer que cada um lá dentro deveria representar a posição de um ministério, de um setor da academia ou da sociedade. Se o governo estivesse atento, querendo saber o que fazem seus representantes, ou então se as entidades científicas estivessem acompanhando o debate ou mesmo pedindo algum tipo de “prestação de contas” a seus representantes, a questão poderia ser tratada com um pouco mais de rigor. O descaso é tamanho que a derrubada do monitoramento vai contra orientação de 2008, expedida por 11 ministros e assinada à época pela ministra Dilma, que chefiava a Casa Civil, para que o Ministério de Ciências e Tecnologia criasse grupo de trabalho (que nunca foi criado) envolvendo outros ministérios e que teria como objetivo realizar estudos de monitoramento de médio e longo prazo para avaliar os potenciais danos dos transgênicos.

IHU On-Line - A transgenia tem crescido no mundo? É possível travar a produção dos organismos geneticamente modificados?
Gabriel Fernandes – É preciso destacar que Estados Unidos, Brasil, Argentina e Índia respondem por 84% da área total cultivada com sementes transgênicas. Assim, a ideia de que a transgenia cresce no mundo todo é uma imagem que a indústria tenta empurrar. A forte concentração no mercado de sementes explica boa parte dessa expansão, inclusive no Brasil. Grandes multinacionais como Monsanto, Syngenta e Pioneer vêm há anos comprando empresas menores de sementes e formando um poderoso oligopólio. Como seu interesse é vender sementes transgênicas, elas tiram do mercado as variedades convencionais e o agricultor fica sem opção. Os grandes produtores de soja do Mato Grosso já ameaçaram recorrer ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE para tentar barrar essa imposição. Também contribuem para a expansão a grande presença de representantes comerciais das empresas no campo e de convênios de governos estaduais para disseminação das sementes modificadas, como no Rio Grande do Sul e no Acre.

Até hoje os transgênicos não trouxeram nenhum benefício para o consumidor. Não há nenhuma vantagem que o produtor possa ter eventualmente obtido com os transgênicos que não poderia ter sido alcançada com a adoção de outras técnicas de manejo. Assim, os transgênicos serão travados quando os consumidores de forma geral passarem a ter mais interesse em saber de onde vem sua comida e virem no consumo uma opção política também. Na agricultura, especificamente a familiar, a reversão do quadro dependerá dos movimentos do campo (Via Campesina, Fetraf e Contag) colocarem o controle sobre as sementes como prioridade em suas agendas estratégicas e como um caminho para um modelo agrícola que liberte o agricultor de fazer o que faz o agronegócio, só que em menor escala.

IHU On-Line - Como vê a participação da sociedade civil em relação aos transgênicos? Por que não há uma mobilização massiva contra esses produtos?
Gabriel Fernandes - Muitas entidades e movimentos sociais estão atravessando um momento difícil, de indefinições políticas e financeiras. Isso torna necessária a priorização de agendas ou, em muitos casos, o enxugamento de quadros. A questão dos transgênicos já foi um tema mais mobilizador e que ajudou a puxar o debate sobre o modelo dominante de agricultura. Agora os agrotóxicos estão novamente cumprindo esse papel. Mas trata-se, na verdade, de dois lados da mesma moeda, e a tendência é que a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida comece a pautar mais a questão dos transgênicos.

IHU On-Line - Como ficou a diversidade das sementes depois da introdução dos transgênicos?
Gabriel Fernandes - Os produtores que conservam suas sementes próprias estão tendo que assumir o ônus de evitar a contaminação. Isso quer dizer que estão tendo que plantar barreiras em suas propriedades, mudar épocas de plantio ou a localização de suas lavouras. Há casos em que as organizações locais estão comprando kits diagnósticos para averiguar se não houve contaminação das sementes que serão repassadas a outros agricultores ou levadas a feiras de sementes e biodiversidade.

A preservação desses recursos genéticos nas mãos dos agricultores será decisiva para a produção de alimentos em tempos de mudança climática e esgotamento dos recursos naturais. O papel estratégico dessas sementes já é reconhecido há décadas, por exemplo, pelos agricultores do semiárido, que desenvolveram os bancos comunitários de sementes, e agora é também defendido pelo relator especial da ONU para o direito humano à alimentação. No âmbito do programa Fome Zero, o governo tem iniciado ações que permitem a compra e distribuição de sementes crioulas entre os agricultores familiares. É um reconhecimento importante, que permitirá que o agricultor enfrente os transgênicos cultivando suas próprias sementes.

IHU On-Line - Quais são os limites da fiscalização de produtos geneticamente modificados?
Gabriel Fernandes – Para fins de rotulagem dos alimentos, o Ministério da Agricultura deve fiscalizar as plantações; a Anvisa, a indústria de alimentos; e a Justiça, por meio dos Procons, o mercado varejista. Se houvesse cooperação e troca de informação entre esses órgãos, o controle seria mais eficaz e o consumidor poderia estar mais bem informado. Mas infelizmente não é isso o que acontece. Além de ser bem mais caro, o teste em produtos amostrados nos mercados não é totalmente satisfatório, pois em muitos alimentos o processamento torna impossível a detecção do ingrediente transgênico.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A indústria continua nos envenenando!




Alguns dos aditivos alimentares que colorem produtos industrializados podem até não ser tão nocivos, mas existe atualmente uma pressão maior sobre os fabricantes para utilizarem substâncias corantes provenientes de plantas, ao invés de elementos químicos sintéticos, potencialmente lesivos.

O caramelo, o grande precursor dos corantes alimentares, é o mais comum dentre todos. É o que faz com que as bebidas do tipo “cola” adquiram suas cores conhecidas. Existe em quase todos os líquidos bebíveis de cor amarronzada, tais como whisky, alguns sucos, vários molhos à base de soja e muitos vinagres balsâmicos. Também é utilizado em muitos tipos de junk-food, desde cookies até batatas chips. Esse corante provém da caramelização (queima) do açúcar.

Qualquer alimento queimado ou submetido à carbonização (pelo carvão) pode produzir câncer devido à liberação de uma substância denominada acrilamida. O que mais surpreende é que o FDA considera a acrilamida tóxica apenas em grandes doses e sustenta que as pequenas quantidades são insignificantes.

Muitas vezes o caramelo é processado com amônia e isto é indicado no invólucro por alguns códigos. Nos Estados Unidos, apenas o Estado da Califórnia listou todos os produtos corados à base de caramelo como carcinogênicos (passíveis de produzirem câncer).

Outro corante muito usado é à base de carmin, retirado de secreções de besouros. Muitas pessoas são extremamente alérgicas ao carmin e podem apresentar até reações anafiláticas que podem levar a estados de coma e à morte. O carmin é um corante muito utilizado em iogurtes e sorvetes.

Alguns corantes extraídos de plantas naturais começam a surgir no mercado dos alimentos industrializados. Entretanto, infelizmente o FDA, o mais importante orgão mundial na vigilância de quaisquer produtos medicamentosos ou alimentares nos Estados Unidos, mantém a autorização para vários tipos de corantes sintéticos que são, sabidamente, causadores de problemas sérios à saúde.

É importante salientar que alguns pesquisadores renomados do Estado da Califórnia estão fazendo uma pressão forte para que muitos dos corantes não naturais sejam banidos do mercado, demonstrando casos clínicos de crianças que apresentaram graves manifestações clínicas. Muitos dos corantes já foram banidos em vários países da Europa mas, como em outros exemplos bem conhecidos, existe uma força quase indestrutível do poder econômico que não quer saber o que é bom para a saúde, mas, sim, para seus bolsos. Com isso, o FDA continua rejeitando muitas das queixas referentes aos corantes alimentares no que diz respeito à saúde das pessoas, mesmo com os clamores de importantes cientistas.

Por aqui também seguimos o que nos é imposto pelos interessados em lucros apenas e, com isso, continuamos vendo um contingente da população, crianças e adultos, cada vez mais pesados e doentes.

* Sergio Vaisman é médico especialista em Cardiologia e Nutrologia, formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Atua em São Paulo na área de medicina preventiva, é professor de pós-graduação em Bioquímica Aplicada à Medicina, pela Universidade Fernando Pessoa, em Portugal, e professor visitante da Universidade de Estudos de Siena, na Itália. Possui inúmeros trabalhos científicos e livros publicados. Também ministra palestras nas áreas de medicina preventiva e medicina ambiental. É comentarista e consultor de saúde na TV Climatempo, produtor e apresentador do programa Saúde no Mundo Tóxico e edita o sitewww.sergiovaisman.med.br.

** Publicado originalmente no blog de Sérgio Vaisman no site Mercado Ético.

domingo, 6 de novembro de 2011

Nova opção de consumo responsável em São Paulo





1 de novembro de 2011   Consumo ResponsávelNotíciasOs Projetos Por ADMIN


A partir do último sábado, dia 15/10, São Paulo passou a contar com uma nova e inusitada opção de feira livre, a ser realizada todos os sábados no parque Burle Marx, das 8h00 às 13h00.
Essa feira oferece produtos agrícolas produzidos exclusivamente dentro da capital paulistana, tais como alface, rúcula, ervilha, morango, broto de bambu, inhame, ervas aromáticas, caldo de cana, plantas ornamentais e muitos outros. Tudo produzido sem o uso de agrotóxicos e ofertados pelos próprios agricultores, que residem e trabalham no extremo sul da cidade, nas Áreas de Proteção Ambiental (APAs) Capivari-Monos e Bororé-Colônia. Nessa região, situada nos distritos de Parelheiros e Capela do Socorro, ainda é possível encontrar uma São Paulo predominantemente rural, com Mata Atlântica preservada, rios limpos e muitas áreas agrícolas, que são de fundamental importância para o abastecimento dos mananciais das represas Billings e Guarapiranga.

Vista geral da feira na entrada do parque Burle Marx

Prefeito prestigia a feira em dia de muita chuva!
Para a realização da feira, foi fundamental uma grande articulação de organizações da sociedade civil e governamentais, a fim de possibilitar a superação dos diversos desafios para o estreitamento da relação entre produtores e consumidores.
O primeiro desafio foi e ainda é a mudança na forma de cultivo, passando da agricultura convencional – com o uso de agrotóxicos e adubos químicos – para a agricultura de base agroecológica que adota práticas sustentáveis de manejo. Esta mudança vem sendo impulsionada, nos últimos anos, pelo Fundo Especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (FEMA) da Prefeitura de São Paulo em parceria com os Conselhos Gestores das APAs Capivari-Monos e Bororé-Colônia e diversas ONGs responsáveis por oferecer assistência técnica, fazer sensibilização e apoiar a organização dos agricultores. A Casa da Agricultura Ecológica, gerida pela Supervisão Geral de Abastecimento (ABAST), por meio do Programa Agricultura Limpa, também realiza Extensão Rural, dando apoio e assistência para a conversão à agricultura orgânica.
O grupo de agricultores que participa da feira no Burle Marx está em processo de certificação participativa por um projeto desenvolvido pela Associação Brasileira de Agricultura Biodinâmica (ABD), também com financiamento do FEMA.
Outro grande desafio é a comercialização, por canais que valorizem a produção agroecológica e compreendam o processo de transição até a certificação. Nesse sentido, a elaboração do Protocolo de Boas Práticas Agroambientais – que permite a utilização do “Selo de Indicação de Procedência Guarapiranga” – criado pela parceria formada entre as Secretarias Estaduais do Meio Ambiente, de Agricultura e de Abastecimento e a Prefeitura de São Paulo, levou à edição da Portaria que possibilita a emissão de matrícula de feirantes para quem aderir ao protocolo. Esse acontecimento abriu precedentes para a criação de novas feiras na capital, com agricultores paulistanos comprometidos com a produção agroecológica.
Com o empenho da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) e da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras (SMSP) através de ABAST, foi possível conseguir o apoio da ONG Aron Birmann, que faz a gestão do Parque Burle Marx e que cedeu o espaço para a realização da feira para os agricultores que aderiram ao protocolo de Boas Práticas e que fazem parte da recém fundada cooperativa dos agricultores das APAs (COOPERAPAS). O Instituto Kairós – Ética e Atuação Responsável, que também tem projeto junto ao FEMA, conseguiu viabilizar as cinco barracas desta feira e apoia a organização dos agricultores para o planejamento da logística e da produção.

O secretário Eduardo Jorge (SVMA) faz compras com sua ecobag.

Moradores enfrentam chuva para sair com a sacola cheia!
O primeiro dia de feira contou com uma chuva torrencial, que não desanimou os agricultores-feirantes nem os participantes. Contou com a presença de figuras ilustres, como o Prefeito, Gilberto Kassab, o Secretário do Verde Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, o Supervisor de Abastecimento, Jóse Roberto Graziano, entre outros. Além da presença de pessoas ligadas à criação da feira, também compareceram moradores e frequentadores do parque que, mesmo embaixo de muita chuva, levaram suas sacolas ecológicas e fizeram compras.
A avaliação dos agricultores é que a feira foi um sucesso, tanto pelas presenças ilustres como pelas vendas. Eles acreditam que nos próximos sábados o público e São Pedro não irão decepcionar e a feira só tende a crescer, tanto como espaço de comercialização, quanto como espaço de troca de informações e de conscientização de que é possível ter agricultura ecológica em São Paulo.

A alegria molhada dos agricultores após a desmontagem das barracas! Josualdo, Zé Mineiro, Lia, Valeria, (Arpad-Kairós), Mauri, Zundi e Ernesto
Local: Parque Burle Marx – Av. Dona Helena Pereira de Moraes, 200, Panamby.
Horário: 08h00 às 13h00
Quando: Sábados
Estacionamento: R$ 8,00
Relazação
    

Sítio São Miguel e o foco em produtos orgânicos


Na Serra de Baturité, nas encostas do Sítio São Miguel, a propriedade do agricultor José Eliomar de Souza é destaque na produção de produtos orgânicos, com a banana 05.11.2011| A lavagem das bananas é uma etapa do processo de cultivo (DIVULGAÇÃO
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A lavagem das bananas é uma etapa do processo de cultivo (DIVULGAÇÃO )


ESPECIAL PARA O POVO
ceara@opovo.com.br

Quando ainda não se falava em produtos orgânicos, o agricultor José Eliomar de Souza, 55 anos, cultivava plantios de banana, nas encostas do Sítio São Miguel, na Serra de Baturité. Utilizava adubos naturais, como esterco de gado, bagana de palha de carnaúba, pó de madeira de troncos de árvores e folhagem seca de plantas nativas.A propriedade, de 223 hectares, ele herdou do avô, Luiz Bremar de Souza, que sempre procurou desenvolver uma agricultura que não agredisse o meio ambiente, respeitando a natureza.

Quatro anos atrás, ele foi surpreendido com a visita de técnicos agrícolas, afirmando estarem fazendo um levantamento sobre os métodos empregados para o cultivo de banana e outras frutas, aqui no Ceará. Ficaram impressionados quando viram que José Eliomar de Souza usava adubos naturais, sem nunca ter sido orientado nem ter ouvido falar em adubo orgânico.

Tempos depois, retornaram e deram ao Sítio São Miguel o certificado de qualidade – o selo orgânico da Tecpar, instituição de origem alemão, com sede em Santos, o estado de São Paulo.

Maior produtor
Hoje, o Sítio São Miguel é o maior produtor de banana orgânica do Ceará. Dispõe de 150 hectares de terras férteis, produzindo, por mês, 120 toneladas de bananas prata e pacovã, que abastecem parte dos supermercados de Fortaleza. 

Nesse trabalho cotidiano, José Eliomar de Souza tem o apoio do filho, Pedro Israel, que é uma espécie de “faz-tudo”. Coordena o trabalho dos 20 empregados e viaja sempre a Fortaleza, para negociar a venda da banana, com os compradores. Israel quer se formar em Administração, para prestar um apoio melhor ao pai, pois ele acredita que a tendência é a produção aumentar ainda mais. “Os produtos orgânicos vão dominar o mercado de frutas.”

O quê

ENTENDA A NOTÍCIA

Produto orgânico é um alimento mais sadio, limpo, cultivado sem agrotóxicos e sem fertilizantes químicos. São produtos provenientes de sistemas agrícolas baseados em processos naturais que não agridem a natureza.

Novo relatório argentino confirma incidência maior de câncer e bebês malformados em regiões de produção de soja transgênica


Por quase 10 anos, os moradores de áreas rurais e periurbanas da Argentina onde a agricultura industrial vem se expandido têm recorrido a autoridades políticas e aos tribunais de justiça, bem como protestado diante do público, por causa dos problemas de saúde que suas comunidades vêm sofrendo em função da pulverização de agrotóxicos usados nas diferentes culturas agrícolas.
Nesses locais, chama a atenção o aumento do número de casos de câncer, de nascimento de bebês com malformações e de problemas reprodutivos e hormonais desde que a pulverização sistemática de agrotóxicos se generalizou. As reclamações das cidades-pulverizadas têm sido confirmadas por equipes médicas que atuam nessas regiões, mas as respostas do sistema público de saúde e o envolvimento das universidades públicas com o problema têm sido escassos e limitados.
Buscando promover um espaço para a análise acadêmica e a reflexão científica sobre o estado da saúde em cidades-pulverizadas, bem como ouvir e apoiar os profissionais de saúde que vêm denunciando estes problemas, a Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nacional de Córdoba promoveu em agosto deste ano o Primeiro Encontro Nacional de Médicos em Cidades-Pulverizadas. Médicos, outras equipes de saúde e pesquisadores de diferentes disciplinas atuando no país foram chamados a apresentar suas experiências, dados, propostas e trabalhos científicos. O evento reuniu mais de 160 participantes de dez estados e de seis universidades federais.
relatório do encontro, apresentando os principais resultados dessas pesquisas, acaba de ser publicado.
Os relatórios e testemunhos apresentados pelos médicos presentes confirmam as observações clínicas, atestando uma série de doenças e problemas de saúde em pessoas expostas à pulverização. Embora as manifestações de intoxicação aguda (aquela que se manifesta poucas horas após uma exposição elevada a produtos muito tóxicos) representem a maior parte das queixas dos pacientes, o que mais alarma os médicos na maioria das cidades-pulverizadas são duas constatações: primeiro, o número de abortos espontâneos e de nascimento de bebês malformados é significativamente maior nas cidades-pulverizadas do que na média da população. Segundo, nota-se também um aumento na incidência de câncer em crianças e adultos, além de outras doenças sérias como a Púrpura de Henoch-Schönlein (inflamação dos vasos sanguíneos), doenças hepáticas e neurológicas. Os médicos chamaram a atenção para o fato de que, em geral, vêm trabalhando nas mesmas comunidades por mais de 25 anos, e que as doenças observadas nos últimos anos são incomuns e estritamente relacionadas à aplicação sistemática de agrotóxicos.
Um exemplo contundente são os dados apresentados pela Dra. Ana Lía Otaño, representante do Ministério da Saúde no estado do Chaco. O relatório trazido por ela realça claramente o aumento dos casos de bebês malformados no nível estadual, de acordo com os números da principal unidade de saúde pública do estado, a Unidade Neonatal do Hospital J.C. Perrando, na cidade de Resistencia (capital do estado), que passaram de 46 em 1997 para 186 em 2008 (um aumento de 19,1/10 mil nascidos vivos para 85,3/10 mil nascidos vivos).
Os números do Hospital de Resistencia convergem com os dados apresentados pelo Dr. Horacio Lucero, diretor do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Regional de Medicina da Universidade Nacional do Nordeste, que há mais de dez anos vem estudando e registrando a relação dos problemas de saúde acima descritos com a exposição residencial (por vizinhança) aos agrotóxicos no estado do Chaco. O Dr. Lucero acrescenta que, nos últimos anos, o plantio de soja por grandes conglomerados agrícolas veio substituindo outras atividades agrícolas tradicionais na economia regional. Ele apresenta gráficos cruzando o aumento do plantio de soja no estado com o aumento no número de bebês nascidos com malformações. A relação é ainda mais fortalecida quando é apresentado um mapa mostrando que o número de mortes de bebês causadas por deformações, anomalias cromossômicas e outros defeitos no nascimento é significativamente maior nas áreas de produção de soja e na cidade La Leonesa, que estão sujeitas a altos níveis de pulverização de glifosato e outros agrotóxicos.
Os dados apresentados pela Dra. Otaño também mostram que a incidência de câncer infantil é significativamente maior em cidades expostas aos agrotóxicos (como La Leonesa), quando comparada a cidades moderadamente expostas (como Las Palmas) e a cidades não expostas aos pesticidas (como Puerto Bermejo). A incidência de câncer infantil em La Leonesa é mais de três vezes superior que a de Puerto Bermejo.
Os médicos chamam a atenção para o fato de que o aumento do câncer e malformações congênitas nas áreas mencionadas acompanhou o aumento exponencial do uso de agrotóxicos desde a introdução das lavouras transgênicas.
Segundo o relatório, em 1990 foram usados 35 milhões de litros de agrotóxicos. Em 1996, a introdução das sementes transgênicas acelerou o uso de venenos, levando a um consumo de 98 milhões de litros. Em 2000 foram aplicados 145 milhões de litros. Em 2010 esse número já era de 292 milhões de litros, e espera-se para 2011 um consumo de mais de 300 milhões de litros de herbicidas, inseticidas, acaricidas, desfoliantes e outras substâncias tóxicas. O glifosato sozinho deverá representar 200 milhões de litros nesse conjunto.
O relatório também menciona que o aumento do uso de glifosato verificado a cada ano deve estar relacionado ao desenvolvimento de resistência ao veneno pelas plantas invasoras. Os números indicam que em 1996 eram aplicados menos de 2 litros de glifosato por hectare, enquanto hoje algumas áreas recebem 10 litros por hectare. Em alguns casos chegam a ser aplicados quase 20 litros por hectare. E esses agrotóxicos são aplicados extensivamente, sobre grandes áreas.
Segundo geógrafos da Universidade Nacional de Córdoba, pelo menos 12 milhões de pessoas vivem em cidades rodeadas por lavouras pulverizadas por venenos. Para os médicos, são 12 milhões de argentinos que estão sendo diretamente fumigados.
Entre as propostas apresentadas pelos médicos participantes do Encontro ao final do documento estão a proibição da pulverização aérea de agrotóxicos, cuja deriva espalha incontroladamente substâncias tóxicas pelo ar, e que as universidades públicas passem a desenvolver e promover opções agroecológicas de produção.

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